quarta-feira, 9 de março de 2011

Venda de campanha política, NÃO!

COM DOAÇÕES DE CAMPANHA, A DEMOCRACIA MORRE DE VEZ…
FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHA, JÁ!

As megaempresas, o Código Flolestal e

as doações de campanha a Aldo e PC do B


Depois de uma pesquisa na página do TSE 
(http://spce2010.tse.gov.br/spceweb.consulta.receitasdespesas2010/abrirTelaReceitasCandidato.action), no que se refere ao Dep. Aldo Rebelo, relator da mudança no Código Florestal Federal e seu partido (em anexo), poderemos verificar que:



1) Aldo Rebelo teve receitas de R$ 2.177.724,19, sendo que, tirando as 
verbas do Comitê de campanha, recebeu praticamente 2 milhões de 
doações, a maior parte de empresas. Chama a atenção a presença de 
grandes empreiteiras (também concessionárias) como a Camargo Correa, 
bem como a indústria Usiminas, várias empresas farmaceuticas, bancos, 
e de cafeicultores, pecuaristas e citricultores, que são, na maioria, contra a 
atual proteção de APPs e Reservas legais.



2) O Comitê do PC do B do Brasil teve uma receita de R$ 6.610.000,00. 
Chama a atenção a doação de R$ 300 mil de Eike Baptista, além de 
mineradoras, bancos, empreiteiras como a Queiroz Galvão (1 milhão de 
reais), a construtora OAS (R$ 750 mil), entre outras. As usinas de 
alcool aparecem com fartas doações, sendo a Cridasa doou 500 mil reais.



3) O Comitê do PC do B de São Paulo recebeu R$ 2.878.687,00, com 
recursos inclusive da Bunge (R$ 70.000,00) transnacional do 
agronegócio com sede nos EUA. Também receberam centenas de milhares de 
reais de várias usinas de alcool (que provavelmente não devem querer 
RL nem APPs em suas terras). As industrias de celulose e papel, como a 
Suzano e a Klabin, estão presentes com um total oficial de R$ 75 mil. 
As mineradoras não ficam muito atrás nas “contribuições” partidárias. 
É supreendente a aceitação de candidatura e de doação do 
vereador/cantor/apresentador do SBT, Netinho (PC do B) que é acusado 
em bater em mulheres e estar envolvido em irregularidades com repasses 
a ONGs que seriam fantasmas.



4) O Comitê do PC do B do RS recebeu da Braskem R$ 80.000,00 e da 
Fibria (empresa de Celulose, resultante da fusão da Votorantim e 
Aracruz) R$ 100.000,00.



Ficam no ar muitas perguntas, sem falar na enorme contradição com a 
suposta linha programática do partido, mas vamos limitar a somente 
cinco:


a) que interesse estas empresas, principalmente as que afetam 
diretamente o meio ambiente, têm em “doar” recursos eleitorais e até 
onde isso poderia comprometer o processo de licenças ambientais da 
SEMA-RS (secretaria na mão do PC do B)?



b) Com que moral o dep. Aldo Rebelo pode criticar as “ONGs 
estrangeiras que querem travar o agronegócio brasileiro”, se a Bunge é 
uma das maiores transnacionais estrangeiras do agronegócio e financia 
o PC do B?



c) Como A. Rebelo pode dizer que “não tem relação a doação dos 
cafeicultores” (que plantam em APPs), se as próprias entidades afirmam 
que ajudaram a financiar sua campanha para fazer frente ao Código 
Florestal atual?



d) Que outros partidos recebem recursos de empresas que degradam o 
meio ambiente? E que empresas são essas?



e) Onde isso vai parar? Quando a população brasileira vai se rebelar 
em relação a esse processo perverso de financiamento privado de 
campanha, encabeçado por empresas (inclusive concessionárias!)?

Não 
seria o caso de se fazer uma “Lista suja” dos candidatos, partidos e 
empresas envolvidas em irregularidades e em destruição ambiental? 



Mais detalhes, inclusive a outros partidos e candidatos, em: 
http://spce2010.tse.gov.br/spceweb.consulta.receitasdespesas2010/abrirTelaReceitasCandidato.action

P. Brack

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